Veja o que a coordenadora da escola, dona Socorro Montenegro, me contou:
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Ah, nós tivemos vários momentos marcantes! Um dos primeiros foi quando nós colocamos a turminha de alfabetização, porque os pais não acreditavam que as crianças conseguiam construir textos e fazer leituras da forma que nós trabalhávamos. Então eu tenho o exemplo de uma criança que ela recortou um desodorante, a figura de um desodorante. E ela construiu um texto, dizendo assim: “Aline foi ao shopping comprar um desodorante para passar no suvaco fedorento”. (risos) E a dona da escola, Ana Teresa ficou revoltada."'E a gente vai colocar isso num livro? Um texto horroroso deste? A menina dizendo que é para passar no suvaco fedorento?" Aí eu disse, mas é a linguagem dela! É o que ela sabe. Se a mãe dela chama suvaco, o que é que a gente pode fazer? Não é verdade? Porque todo mundo sabe que suvaco é axila, mas ela escreveu desse jeito: “Aline foi ao shopping comprar um desodorante para passar no suvaco fedorento”. (risos) Então isso aí foi uma coisa que marcou o nosso trabalho, porque elas tinham o direito e liberdade de dizer o que pensavam, não é verdade?"
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bom , muito bom!
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